sábado, 20 de fevereiro de 2010

Justa causa

Um dia de trabalho em Criciúma pode revelar muitas coisas. No meio jornalístico não é difícil encontrar profissionais que se acham o máximo. E são sempre as pautas de polícia que fazem com que os colegas mostrem todo o potencial. Ou a falta dele. Em Tubarão conhecemos as meninas que fazem de tudo (mesmo!) para conseguir um furo (!) exclusivo de reportagem. Nas terras do carvão podemos encontrar a mesma espécie e outras ainda mais curiosas, que aguçam a nossa mente com pensamentos como “Sério que ele falou isso?”.

Explico: alguns deles devem passar horas e horas grudados na rádio patrulha da polícia. E claro, depois, com o ouvindo roxo, lá seguem. Microfones, celulares, câmeras e toda a tecnologia necessária para colocar no ar o fulano morto com 10 tiros, o tiozinho sem cabeça, a zezinha falando que vai matar o ex e outras bizarrices que alegram qualquer dia.

Rindo e aprendendo como Não fazer esse tipo de jornalismo. Observar de perto os animais do Zoo News é ainda mais interessante.

Ao chegar na delegacia, eles não medem esforços! Chegam pedindo cafezinho, adentrando corredores, pedindo rapidez e agilidade com a boca cheia de bolacha Maria. Jesus me ajuda!

No cantinho, quieto, pensei que agia errado. Esperando calmamente, falando com o delegado assim que ele saia da sala, enfim, mais concentrado no trabalho do que no show.

E o pior! Eles se multiplicam com rapidez. Uma jovenzinha lindinha, de algum jornal escrito, lá veio gritando: “Ei menino, já revelaram o nome do preso:”.

Passei reto e fingi que não era comigo.

2 comentários:

Imediata disse...

AHAHAHAHAHHAHAHAHAHAH... curti muito a alfinetada na press sharkcitiana... Lembrei de uma peixada peemedebista no Camacho (putz, descrevi o inferno, agora, né?). Outro dia conto a história... Beijo, saudadinha.

Carol Bortot disse...

hauhauauhauahuha.. tu me mata!