terça-feira, 11 de novembro de 2008

Era uma vez....

São pessoas assim que me tiram do sério. Ou pelo menos, quase. Aquelas que adoram complicar cada pedacinho do dia em nossas vidas. Que querem ser o centro de toda a atenção interplanetária e não contentes ao mau humor pessoal, tentam contaminar o mundo a sua volta. Assim, como epidemia, sobra-lhe a perspicácia de achar que, como a vida está difícil, tem de ser assim para todos. Ó mundo cruel.

Dias complexos são tão previsíveis como uma nuvem no céu, pelo menos é assim na vida de Josefina da Silva Joaquina. Sempre perseguida pelos temporais que assolam as maiores tragédias da humanidade, Josefina é tão inconstante quanto os ponteiros do relógio. Todo dia, as horas parecem não avançar para pobre menina rica, que teve tudo desde o nascimento, mas não se contenta com nenhum dos presentes que a vida lhe dá em todos os momentos.

O sonho de Josefina era ser estrela. Talvez por esse motivo escolher ser o centro de tudo, a todo o momento, tenha sido a maneira mais fácil para que o sonho fosse realizado. No centro desse grande picadeiro, ela parece mais um leão fora da jaula. Perdido, envergonhado, sem coragem para tomar novos rumos, sair correndo das lonas que abafam a visão e os batimentos no peito que pedem uma guinada na vida.

Quem sabe ela tem medo de sair do local comum e ser atropelada pelo mundo. Ou a realidade entrou em confronto com os desejos antigos e tudo se mostrou mais complicado do que nos pensamentos adquiridos em longas noites bem dormidas no quartinho de Cinderela. Quem assiste a esse espetáculo de perto espera por um fim feliz, daqueles de filmes e séries. Mas essa história não tem ponto final e sim, um longo espaço em aberto. Basta Josefina, a atriz principal do espetáculo, fugir da nuvem negra que cisma em ter de estimação.

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