Aprendizado fora da sala

A idéia é típica de brasileiro: matar aula pra ir jogar futebol. Foi isso que aconteceu na tarde dessa sexta-feira. Um campeonato entre escolas de inglês e lá fomos, alunos esforçados, pra fora da sala e direto ao Bushy Park. Pegamos o busão e trinta minutos depois chegamos ao local. Nosso time perdeu logo no início e pra tentar animar o clima, seguimos eu e mais alguns colegas da classe a um pub. Nunca uma aula de inglês foi tão divertida. Observados de perto pelo professor irish, que estava bem animado, testamos nosso novo idioma com uma fluência que chegava a assustar.

Se alguém daquela mesa tinha alguma vergonha de colocar pra fora uma frase em inglês, perdeu naquele exato momento. Éramos apenas nove, mas o clima era de festa. Rolou cantoria, pedidos para que parássemos de cantar, aulas de espanhol, alemão, português, conhecemos a garçonete de São Paulo, enfim, aquela já seria uma tarde memorável.

Até que o professor, depois de, sei lá, umas sete Guinness, decidiu que deveríamos todos seguir para a casa dele. Com a ajuda do GPS instalado no celular de Márcio, seguimos por meia hora andando até a residência irish. Mais cerveja, música, dança, conversas. Eram dez horas da noite, já escuro e semter noção dos horários de ônibus para voltar ao centro, levantamos mudança e seguimos viagem. Na hora do tchau, ficou comprovado. Aquela tinha sido a melhor aula que tivemos até agora. E a promessa foi feita: na próxima sexta, após a verdadeira explicação dentro da sala de aula, lá vamos, em grupo, fazer a atividade que mais alegra esses nobres estudantes.